domingo, 1 de junho de 2008

Arqueologia do Xingó e nossos primeiros habitantes




Os arqueó- logos também buscam a compreen- são das socieda- des, analisando, através da cultura material, para interpretar a vida humana no passado e no presente. Eles tem muito a dizer ao trabalho de reconstrução do conhecimento histórico do historiador.
A UFS realiza um trabalho de reconhecimento histórico no Xingó. Em 1985 professores do departamento de sociologia e psicologia queriam fazer um levantamento dos sítios arqueológicos de Sergipe e identificaram em Canindé quatro registros gráficos. Sítio arqueológico é o local ou grupo de locais que são fontes materiais que evidenciam o passado histórico da humanidade.Os arqueólogos usam metodologias e técnicas indispensáveis para tornar descoberta arqueológica em conhecimento.Algumas ainda no sítio.
Os artefatos são culturas materiais com função utilitária na construção da cultura. Nem sempre a cultura material tem função para a sobrevivência material. E os registros são uma maneira de se comunicar com outras culturas e com o ambiente através de sua cultura.
Pelas informações obtidas no sítio de Xingó soubemos informações como que os índios que ocuparam aquele local tem data de chegada de 8 mil anos atrás, sua cerâmica era de uma tecnologia diferentes da de outras tribos da região, seu material lítico também é diferente do outras tribos da região.
Mas o conhecimento dessas culturas através da arqueologia ainda é um processo em construção.

Tupinambá e tapuia: modos de ser indígena?


Tupinambá e tapuia foi a divisão bipolar imposta pelos europeus. Essas denomina- ções usadas, sendo a tupinambá mais abrangente, são generaliza- ções do europeu.
Na verdade, no estado de Sergipe, os tupi foram os mais encontrados pelos jesuítas. Mas haviam outras tribos por aqui. Consideravam os tupi como maioria no país, mas esse dado não é confiável por causa da generalização da época.
Cada grupo indígena é diferente considerando suas culturas. Apesar das semelhanças e das generalizações a cultura de cada tribo é única e as vezes até oposta. Como em qualquer outra cultura, as diferenças culturais também são vistas como anomalias e até desprezadas. Cada uma tem sua lógica e sua verdade.

Afinal, o que é cultura?

Cultura é tudo aquilo que o homem produz de acordo com as suas necessidades.Que são muitas diante das perguntas e respostas que o ser humano dá a vida. Necessidades materiais – mecanismos de sobrevivência, artefatos, símbolos – e imateriais – rituais, sociabilidades.
Através desse conjunto que corresponde a cultura, podemos estudar a história local. Isso porque nenhuma cultura é igual a outra. E ela define os valores de uma sociedade e sua maneira de relacionar com o ambiente.
Essas diferenças podem ser gritantes. Mas devem ser compreendidas e respeitadas.
A capacidade de produzir cultura, propagando-a e compartilhando-a, é exclusiva dos seres humanos. Os animas já nascem com uma resposta instintiva e programada as suas necessidades. E é por essa produção humana que temos diferenças e escolhas.

Visita ao arquivo do judiciário


Fonte rica da história local com documentos de, principalmente, a partir do final do século XVIII. Os documentos são organizados cronologicamente e por cabeças de comarca,ou seja, cidade que possui o fórum.
Lá são feitas transcrições, restaurações e armazenagem de documentos.
Existem o arquivo morto, que pode ser acessado por qualquer cidadão, e o arquivo vivo ou corrente, que são as causas que ainda tramitam na justiça, de acesso exclusivo dos advogados envolvidos no caso.
Mais informaçoes no site do arquivo: www.tj.se.gov.br/arquivojudiciario

A valorização da história local

A história local é vista por muitos como uma história menor. Uma “micro-história” carregada de mitificação dos personagens e de regionalismos. Para eles, a história dos grandes temas é o meio para entender a sociedade de maneira mais abrangente.
Porém a história maior trata de assuntos relativos a um espaço e a uma realidade que algumas vezes guarda poucas semelhanças com outras regiões. Além disso, nas macro abordagens, personagens mais comuns e menos participativos são perdidos na memória.
A partir da década de 1950 houve um ressurgimento da história local, impulsionado pela França e pela Inglaterra. Então a história local passou a ser resgatada.
O estudo da micro-história reduz a escala de observação, permitindo que fatos que passariam despercebidos sejam resgatados. Assim também ocorre com os personagens, há maior participação das minorias.
O ensino da micro-história facilita o aprendizado do aluno, que estuda primeiro a micro-história, com a qual ele se identifica, para depois compreender a macro-história.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Um passado muito próximo e distante!

Toda a História pertence a um passado próximo e distante. Passado próximo porque sempre corresponde a um personagem ou fato histórico que possui similaridades com o presente. Passado distante porque sempre apresenta particularidades do seu tempo e do seu espaço.
Temos uma história coletiva que, mesmo apresentando similaridades com outras histórias, também é individual por não ser igual a nenhuma outra. As similaridades aparecem, por exemplo, quando duas pessoas pertencem a mesma família. Mas, mesmo assim, por desempenharem funções diferentes suas histórias não são iguais.
A apresentação dessas distâncias depende do historiador. Este ao transformar história realidade (história diversa, detalhada) em história conhecimento (história realidade filtrada) precisa de uma visão crítica. Através da qual reproduz a história com maior imparcialidade possível, evitando anacronismo.
Só é possível separar esses planos da história para quem entende que o passado vira história conhecimento se for objeto de estudo do presente. O historiador trabalha com o presente usando como ferramenta o passado.
A partir disto entendemos o que é história e para que serve a história.
História é uma palavra de origem grega que significa investigação, informação. História é a investigação, estudo do passado para compreender o presente. Serve para entender o presente, para identificar a sociedade, para preservar o conhecimento, para ter uma noção para ações práticas. Essa noção para ações práticas consiste em modificar o presente através de experiências do passado, do conhecimento de experiências anteriores. Após a crise de 1929, conhecendo suas causas e conseqüências, foi possível restaurar a economia norte-americana reconstruindo seus pilares sob políticas opostas as que causaram a crise.
Valorizando o que temos e o que vivemos construímos a nossa história.